Como já coloquei aqui várias vezes REDAÇÃO se aprende fazendo.
O ideal seria fazer uma redação por dia, fica um pouco complicado né! Então faça uma por semana.
Para ajudá-los nesta tarefa aqui está o Tema de Redação que caiu no vestibular 2010 da Universidade Federal da Bahia.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA 2010
INSTRUÇÕES
Para a realização desta prova, você recebeu este Caderno de Questões e uma Folha de Resposta.
NÃO AMASSE, NÃO DOBRE, NÃO SUJE, NÃO RASURE ESTE MATERIAL.
1. Caderno de Questões
• Verifique se este Caderno de Questões contém a seguinte prova:
REDAÇÃO – 01 questão subjetiva.
• Registre seu número de inscrição no espaço reservado para esse fim, na capa deste Caderno.
• Qualquer irregularidade constatada neste Caderno deve ser imediatamente comunicada ao fiscal de sala.
• Neste Caderno, você encontra apenas um tipo de questão:
De Redação – questão subjetiva, que visa avaliar a capacidade de expressão escrita do candidato, com base em tema proposto.
• Leia cuidadosamente o enunciado da questão e escreva sua Redação, atendendo ao tema proposto, com objetividade e correção de linguagem. Em seguida, transcreva o seu texto na Folha de Respostas.
• O rascunho deve ser feito no espaço a ela destinado, neste Caderno.
2. Folha de Resposta
A Folha de Resposta é pré-identificada, isto é, destinada exclusivamente a um determinado candidato.
Por isso, não pode ser substituída, a não ser em situação excepcional, com autorização expressa da Coordenação dos trabalhos. Confira os dados registrados no cabeçalho e assine-o com caneta esferográfica de TINTA PRETA ou AZUL-ESCURA, sem ultrapassar o espaço reservado para esse
fim.
• Nessa Folha de Resposta, você só deve utilizar o espaço destinado à Redação, o suficiente para desenvolver o tema.
3. ATENÇÃO!
• Será ANULADA a prova que possibilite a identificação do candidato.
• Na Folha de Respostas, NÃO ESCREVA na Folha de Correção, reservada ao registro das notas das questões.
ESTA PROVA DEVE SER RESPONDIDA PELOS CANDIDATOS AOS
CURSOS DO GRUPO E.
GRUPO E
Artes Cênicas – Direção Teatral
Artes Cênicas – Interpretação
Teatral
Artes Plásticas
Canto
Composição e Regência
Dança
Design
Instrumento
Licenciatura em Desenho e
Plástica
Licenciatura em Música
Licenciatura em Teatro
Música Popular
Superior de Decoração
UFBA – 2010 – 2a fase – Redação – 2
Redação
• Escreva sua Redação, com caneta de tinta AZUL ou PRETA, de forma clara e legível.
• Caso utilize letra de imprensa, destaque as iniciais maiúsculas.
• O rascunho deve ser feito no local apropriado do Caderno de Questões.
• Na Folha de Resposta, utilize apenas o espaço a ela destinado.
• Assine a prova APENAS NO CABEÇALHO. A assinatura no campo da resposta ANULARÁ a sua Redação!
• Será atribuída pontuação ZERO à Redação que
– não se atenha ao tema proposto;
– esteja escrita a lápis, ainda que parcialmente;
– apresente texto incompreensível ou letra ilegível;
– esteja escrita em verso;
– apresente texto padronizado, comum a vários candidatos;
– NÃO SEJA RESPONDIDA NA RESPECTIVA FOLHA DE RESPOSTA;
– ESTEJA ASSINADA FORA DO LOCAL APROPRIADO;
– POSSIBILITE, DE ALGUMA FORMA, A IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO.
I.
O menino parado no sinal de trânsito vem em minha direção e pede esmola. Eu
preferia que ele não viesse. [...] Sua paisagem é a mesma que a nossa: a esquina, os meios-fios, os postes. Mas ele se move em outro mapa, outro diagrama. Seus pontos de referência são outros.
Como não tem nada, pode ver tudo. Vive num grande playground, onde pode brincar com tudo, desde que “de fora”. O menino de rua só pode brincar no espaço “entre” as coisas. Ele está fora do carro, fora da loja, fora do restaurante. A cidade é uma grande vitrine de impossibilidades. [...] Seu ponto de vista é o contrário do intelectual: ele não vê o conjunto nem tira conclusões históricas — só detalhes interessam. O conceito de tempo para ele é diferente do nosso. Não há segunda-feira, colégio, happy hour. Os momentos não se somam, não armazenam memórias. Só coisas “importantes”: “Está na hora do português da lanchonete despejar o lixo...” ou “estão dormindo no meu caixote...” [...]
Se não sentir fome ou dor, ele curte. Acha natural sair do útero da mãe e logo estar junto aos canos de descarga pedindo dinheiro. Ele se acha normal; nós é que ficamos anormais com a sua presença.
JABOR, A. O menino está fora da paisagem. O Estado de São Paulo, São Paulo, 14 abr. 2009. Caderno 2, p. D 10.
II.
Vinte anos se passaram desde a queda do Muro de Berlim. A cidade comemora com uma programação rica em atividades. Pode-se conferir, por exemplo, uma grande exposição de fotografias na Alexander Platz ou ver de perto a restauração da East Side Gallery, um pedaço de muro ainda existente que se transformou numa galeria de arte a céu aberto. [...]
Em Berlim, [...] tenho ouvido a afirmação recorrente de que o muro persiste enquanto paisagem interiorizada pelos habitantes da cidade. [...] Onde buscar esse muro internalizado? [...]
UFBA – 2010 – 2a fase – Redação – 3
Tudo isso faz pensar nas cidades brasileiras, onde os muros tomam conta da paisagem, seja segregando favelas e bairros populares, seja cercando os condomínios fechados dos bairros nobres. Berlim nos ensina que o muro é forma-conteúdo, é produto e também processo, reflete e condiciona o modo como uma sociedade lida com a diferença. O muro também produz a diferença e radicaliza a ocultação do “outro”, transforma diferença em segregação e desigualdade.
SERPA, A. Muros internalizados. A Tarde, Salvador, 1o ago. 2009. Caderno Opinião, p. A 3.
III.
Todo muro tem dois lados. Se, do lado de cá, ele impede o avanço do nosso descaso para com os pobres; do lado de lá, ele vai servir de trincheira, casamata e torre para os que se aproveitam da pobreza “criminosamente” [...]. Com o muro, concretiza-se o que o Zuenir Ventura diagnosticou como uma cidade partida que, murada, será irremediavelmente repartida.
DAMATTA, Roberto. O problema do muro no Brasil. O Estado de São Paulo, 15 abr. 2009. Caderno 2. p. D 12.
Os três fragmentos oferecidos para a sua reflexão apresentam situações distintas,
mas que se identificam ao tratarem dos muros visíveis e invisíveis que separam as pessoas.
A partir de uma análise das ideias desses fragmentos, produza um texto argumentativo — na forma de prosa que julgar conveniente — em que você discuta a desigualdade reveladora de muros visíveis e invisíveis no Brasil, sugerindo alternativas de mudança.
O ideal seria fazer uma redação por dia, fica um pouco complicado né! Então faça uma por semana.
Para ajudá-los nesta tarefa aqui está o Tema de Redação que caiu no vestibular 2010 da Universidade Federal da Bahia.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA 2010
INSTRUÇÕES
Para a realização desta prova, você recebeu este Caderno de Questões e uma Folha de Resposta.
NÃO AMASSE, NÃO DOBRE, NÃO SUJE, NÃO RASURE ESTE MATERIAL.
1. Caderno de Questões
• Verifique se este Caderno de Questões contém a seguinte prova:
REDAÇÃO – 01 questão subjetiva.
• Registre seu número de inscrição no espaço reservado para esse fim, na capa deste Caderno.
• Qualquer irregularidade constatada neste Caderno deve ser imediatamente comunicada ao fiscal de sala.
• Neste Caderno, você encontra apenas um tipo de questão:
De Redação – questão subjetiva, que visa avaliar a capacidade de expressão escrita do candidato, com base em tema proposto.
• Leia cuidadosamente o enunciado da questão e escreva sua Redação, atendendo ao tema proposto, com objetividade e correção de linguagem. Em seguida, transcreva o seu texto na Folha de Respostas.
• O rascunho deve ser feito no espaço a ela destinado, neste Caderno.
2. Folha de Resposta
A Folha de Resposta é pré-identificada, isto é, destinada exclusivamente a um determinado candidato.
Por isso, não pode ser substituída, a não ser em situação excepcional, com autorização expressa da Coordenação dos trabalhos. Confira os dados registrados no cabeçalho e assine-o com caneta esferográfica de TINTA PRETA ou AZUL-ESCURA, sem ultrapassar o espaço reservado para esse
fim.
• Nessa Folha de Resposta, você só deve utilizar o espaço destinado à Redação, o suficiente para desenvolver o tema.
3. ATENÇÃO!
• Será ANULADA a prova que possibilite a identificação do candidato.
• Na Folha de Respostas, NÃO ESCREVA na Folha de Correção, reservada ao registro das notas das questões.
ESTA PROVA DEVE SER RESPONDIDA PELOS CANDIDATOS AOS
CURSOS DO GRUPO E.
GRUPO E
Artes Cênicas – Direção Teatral
Artes Cênicas – Interpretação
Teatral
Artes Plásticas
Canto
Composição e Regência
Dança
Design
Instrumento
Licenciatura em Desenho e
Plástica
Licenciatura em Música
Licenciatura em Teatro
Música Popular
Superior de Decoração
UFBA – 2010 – 2a fase – Redação – 2
Redação
• Escreva sua Redação, com caneta de tinta AZUL ou PRETA, de forma clara e legível.
• Caso utilize letra de imprensa, destaque as iniciais maiúsculas.
• O rascunho deve ser feito no local apropriado do Caderno de Questões.
• Na Folha de Resposta, utilize apenas o espaço a ela destinado.
• Assine a prova APENAS NO CABEÇALHO. A assinatura no campo da resposta ANULARÁ a sua Redação!
• Será atribuída pontuação ZERO à Redação que
– não se atenha ao tema proposto;
– esteja escrita a lápis, ainda que parcialmente;
– apresente texto incompreensível ou letra ilegível;
– esteja escrita em verso;
– apresente texto padronizado, comum a vários candidatos;
– NÃO SEJA RESPONDIDA NA RESPECTIVA FOLHA DE RESPOSTA;
– ESTEJA ASSINADA FORA DO LOCAL APROPRIADO;
– POSSIBILITE, DE ALGUMA FORMA, A IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO.
I.
O menino parado no sinal de trânsito vem em minha direção e pede esmola. Eu
preferia que ele não viesse. [...] Sua paisagem é a mesma que a nossa: a esquina, os meios-fios, os postes. Mas ele se move em outro mapa, outro diagrama. Seus pontos de referência são outros.
Como não tem nada, pode ver tudo. Vive num grande playground, onde pode brincar com tudo, desde que “de fora”. O menino de rua só pode brincar no espaço “entre” as coisas. Ele está fora do carro, fora da loja, fora do restaurante. A cidade é uma grande vitrine de impossibilidades. [...] Seu ponto de vista é o contrário do intelectual: ele não vê o conjunto nem tira conclusões históricas — só detalhes interessam. O conceito de tempo para ele é diferente do nosso. Não há segunda-feira, colégio, happy hour. Os momentos não se somam, não armazenam memórias. Só coisas “importantes”: “Está na hora do português da lanchonete despejar o lixo...” ou “estão dormindo no meu caixote...” [...]
Se não sentir fome ou dor, ele curte. Acha natural sair do útero da mãe e logo estar junto aos canos de descarga pedindo dinheiro. Ele se acha normal; nós é que ficamos anormais com a sua presença.
JABOR, A. O menino está fora da paisagem. O Estado de São Paulo, São Paulo, 14 abr. 2009. Caderno 2, p. D 10.
II.
Vinte anos se passaram desde a queda do Muro de Berlim. A cidade comemora com uma programação rica em atividades. Pode-se conferir, por exemplo, uma grande exposição de fotografias na Alexander Platz ou ver de perto a restauração da East Side Gallery, um pedaço de muro ainda existente que se transformou numa galeria de arte a céu aberto. [...]
Em Berlim, [...] tenho ouvido a afirmação recorrente de que o muro persiste enquanto paisagem interiorizada pelos habitantes da cidade. [...] Onde buscar esse muro internalizado? [...]
UFBA – 2010 – 2a fase – Redação – 3
Tudo isso faz pensar nas cidades brasileiras, onde os muros tomam conta da paisagem, seja segregando favelas e bairros populares, seja cercando os condomínios fechados dos bairros nobres. Berlim nos ensina que o muro é forma-conteúdo, é produto e também processo, reflete e condiciona o modo como uma sociedade lida com a diferença. O muro também produz a diferença e radicaliza a ocultação do “outro”, transforma diferença em segregação e desigualdade.
SERPA, A. Muros internalizados. A Tarde, Salvador, 1o ago. 2009. Caderno Opinião, p. A 3.
III.
Todo muro tem dois lados. Se, do lado de cá, ele impede o avanço do nosso descaso para com os pobres; do lado de lá, ele vai servir de trincheira, casamata e torre para os que se aproveitam da pobreza “criminosamente” [...]. Com o muro, concretiza-se o que o Zuenir Ventura diagnosticou como uma cidade partida que, murada, será irremediavelmente repartida.
DAMATTA, Roberto. O problema do muro no Brasil. O Estado de São Paulo, 15 abr. 2009. Caderno 2. p. D 12.
Os três fragmentos oferecidos para a sua reflexão apresentam situações distintas,
mas que se identificam ao tratarem dos muros visíveis e invisíveis que separam as pessoas.
A partir de uma análise das ideias desses fragmentos, produza um texto argumentativo — na forma de prosa que julgar conveniente — em que você discuta a desigualdade reveladora de muros visíveis e invisíveis no Brasil, sugerindo alternativas de mudança.
10 comentários:
blog nota 10 !!!
http://www.bebellima7.blogspot.com/
Muito bom o blog, mesmo!
Parabéns..
Beijo!
que tal começar com temas livres? algo que ouviu no JN ou sobre um assunto...não precisa ser grande, aos poucos vai pegando o jeito.
mais válido que fazer alguem que nao tem hábito escrever linhas e linhas na lata.
TÁ CONVIDADa:
http://novaquahog.blogspot.com/2010/05/os-caloteiros-ja-eram.html
Fiz vestibular pra UFBA em 2008 e graças a Deus passei! redação n]ão é dificl... é questão de prática e de empenho. E legal organizar as ideias e fazer um esqueleto do texto na cabeça ou no papel antes d epassar a redação á limpo! ;)
Olá, Inez! Belíssimo blog! Ótima ideia, a de divulgar um tema de redação "oficial". Li o trecho de Arnaldo Jabor e achei lindíssimo, impressionante e apunhalantemente verdadeiro. Obrigada pela visita ao Quase Lugar! Como você falou, o aluno é a parte mais interessada no processo educativo – pena que ele não sabe. :-) É o que outra colega nossa comentou no Quase: oferecemos o ouro e o pobre recusa. De que maneira se ensina um faminto a aceitar comida?
Beijos e sucesso no blog!
Excelente post!Infelizmente as pessoas não são incentivadas a escrever, podemos ver isso pela blogosfera.
Se fosse pra escolher um tema certamente seria o II
achei mais fácil de trabalhar
XDDDD
mas ñ sei se sairia bom, pelo tempo que nos é dado pra escrever as redações.
Realmente, redação é prática. Vejo meus textos antigos, dá até vergonha hehehehehehe
Já estive aqui outras vezes e o blog continua cada vez melhor.
Abs.
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